Qualquer pessoa pode fazer um produto pirata usando uma pequena confecção ou comprando um aparelho que reproduz DVDs, mas é o crime organizado que mais vende e lucra com isso. Produtos piratas movimentam mais dinheiro do que o tráfico de drogas. Veja abaixo alguns dados referentes a esse tipo de crime.
Temos que lembrar que pirataria é um termo usado para denominar a prática de vender ou distribuir produtos sem a devida autorização dos proprietários, seja da marca ou produto. É considerada crime contra o direito autorial, com pena de multa e reclusão de até quatro anos.
Os produtos mais pirateados no mundo todo são: roupas, calçados, medicamentos, livros, softwares, filmes e CDs musicais. Utensílios domésticos também fazem parte da lista.
Uma réplica de uma bolsa Louis Vuitton de R$ 10 mil chega a custar apenas R$ 100.
Um pacote completo com 13 programa da Adobe – detentora das patentes do Photoshop, Indesign e Acrobat – custa mais de R$ 350. No mercado negro, ele pode ser adquirido por R$ 15.
Alguns filmes podem chegar aos sites de downloads ilegais 1 mês antes de estrear nos cinemas. Em DVDs piratas, eles podem chegar até uma semana antes.
Um CD legalizado custa em torno de R$ 30 (lembrando que o preço é dividido em direitos autorais, distribuição, marketing, impostos etc), enquanto um pirateado chega a R$ 3.
Um filme legalizado comprado pela internet demora em torno de 3 dias para chegar na residência do comprador, mas a cópia pirata é baixada num tempo mais rápido: 1h30.
Em 2008, foram compradas 1,4 bilhão de músicas no mercado legal. Na mesma época, foram feitos nada menos que 40 bilhões de downloads ilegais.
Quase 10% da pirataria na área musical em todo o mundo ocorre no Brasil. Aliás, é o mercado pirata que responde por 35% dos CDs musicais, 15% dos DVDs e 90% dos softwares de entretenimento vendidos no país.
Enquanto uma camiseta original custa em torno de US$ 7 em mão-de-obra, uma pirata feita nas confecções clandestinas dos bairros paulistanos do Brás custa R$ 0,30.
Um em cada cinco medicamentos vendidos no Brasil é falsificado ou contrabandeado, o dobro da média mundial (dados da Organização Mundial da Saúde).
De acordo com a Interpol, a pirataria movimentou em torno de US$ 516 bilhões no mundo todo somente no ano de 2015 (detalhe: o narcotráfico girou US$ 322 bilhões).
O Brasil deixa de criar 1,5 milhão de empregos e arrecadar R$ 29,8 bilhões em receita tributária em virtude do mercado pirata (a Associação Brasileira de Combate à Falsificação alega que são R$ 40 bilhões em impostos não arrecadados).
A economia mundial perde por volta de US$ 13 bilhões em impostos por ano devido à pirataria.
Segundo a Interpol, a fabricação de produtos piratas está intimamente ligada à exploração do trabalho infantil, com mais de 250 milhões de crianças trabalhando em regime desumano.
O vendedores de produtos piratas nas ruas das grandes cidades brasileiras (como a paulistana rua Santa Efigênia) ganham em torno de R$ 700 por mês com a venda de CDs, DVDs e games pirateados. A maior parte do lucro fica com o “fabricantes” do produto.
Uma curiosidade relacionada ao assunto: entre as estranhas marcas de produtos contrabandeados encontrados no Brasil, podemos encontrar os tênis Nikie, Nire, Ball Star, Reedok e Sadidas.
Obs: os números aqui descritos são relativos aos anos de 2012 a 2015.
Fontes: Wikipédia, Brasil Escola, Super Interessante, Época, O Estado de S. Paulo.