A hepatite ainda é responsável por milhões de mortes no mundo todo, principalmente nos países menos desenvolvidos. O detalhe é que muitas pessoas carregam o vírus de algum tipo de hepatite e não sabem. Veja mais informações e curiosidade sobre a hepatite – ou hepatites – nas linhas que se seguem.
Hepatites são inflamações do fígado provocadas por vírus, uso de drogas e problemas genéticos, entre outros.
As hepatites são classificadas com as primeiras letras do alfabeto: A, B, C, D e E.
As hepatites virais mais comuns no Brasil são as do tipo A, B e C. Os tipos D e E são mais frequentes nos países da Ásia e África. Milhões de pessoas carregam os vírus das hepatites B e C no organismo e não sabem disso.
São conhecidas como doenças silenciosas, que nem sempre apresentam sintomas. Quando surgem, podem ser mal-estar, tontura, enjoo, febre, vômitos e dor abdominal. Peles e olhos ficam amarelados. As fezes tornam-se claras e a urina, escura.
As formas de contato mais comum são: transmissão sanguínea de mãe para filho durante a gravidez, parto e amamentação; transmissão sanguínea por compartilhamento de alicates, lâminas de barbear e outros produtos cortantes; transmissão pelo compartilhamento de itens de higiene pessoal; transmissão através do sexo desprotegido; e, finalmente, transmissão pela água (comum em locais sem saneamento básico).
Pessoas que pretendem colocar piercings e fazer tatuagens devem tomar cuidado com as condições de higiene do local onde tais procedimentos serão feitos. Agulhas, perfuradores e lâminas podem transmitir inúmeras doenças, incluindo hepatites.
Recomenda-se que, ao ir a uma manicure, a pessoa leve os seus próprios alicates e lixas. O perigo de transmissão é grande caso ela não disponha os seus próprios instrumentos. Só para se ter uma ideia, uma pesquisa revelou que quase 10% das manicures de São Paulo são portadoras de vírus de hepatites.
O uso do preservativo nas relações sexuais pode evitar várias doenças: AIDS, sífilis, gonorreia etc. As autoridades costumam chamar muito a atenção para a transmissão do vírus HIV, mas nem tanto para a transmissão dos agentes causadores das hepatites (com o detalhe de que existe 5 vezes mais pessoas com o vírus da hepatite C do que com o vírus da AIDS).
Considerada uma doença aguda, a hepatite A dura de algumas semanas até alguns meses. Costuma ser curada naturalmente. Pode ser transmitida por alimentos contaminados.
A hepatite do B varia no grau de gravidade, podendo vir a ser de moderada a aguda. Dura alguns meses, mas também pode se tornar crônica. Em alguns casos, demora até 30 anos para se manifestar.
Uma pessoa pode carregar vírus como o da hepatite do tipo C durante anos. É por isso que os médicos recomendam exames periódicos. É preciso um intervalo de 60 dias para que os anticorpos das hepatites B e C possam ser detectados no exame de sangue.
Os portadores só descobrem que estão doentes quando apresentam quadro grave. É o que acontece com os portadores do vírus da hepatite C, uma doença que pode levar à cirrose, insuficiência hepática e até câncer de fígado.
A hepatite C é a principal causa de transplante de fígado – 40% dos casos.
Por último, uma recomendação: existem vacinas para os 3 tipos de hepatite mais comuns no Brasil.
Para informações mais detalhadas, acesse o site da Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite.
Fontes: Wikipédia, Ministério da Saúde, Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite, Dr. Drauzio Varella.com.