O tempo muda e os costumes sempre mudam com ele. Com as gírias não é diferente. Algumas (como “curtir”, por exemplo) permanecem durante anos na boca do povo, outras não sobrevivem ao verão seguinte. Nos anos 70 costumávamos usar frases como “você ficou grilado”. Hoje, ninguém com menos de 40 entende a palavra “grilado”.
Foi pensando em fazer uma retrospectiva das gírias dos últimos 50 anos que o Sabedoria & Cia reuniu algumas dessas palavras. As gírias foram agrupadas por década.
ANOS 60
Bacana – bom, bonito
Bicho – cara, amigo
Boa pinta – de boa aparência, pessoa bonita
Boazuda – mulher bonita
Bolinha – estimulante
Bulhufas – nada
Calhambeque – carro velho
Cara – indivíduo
Coroa – ancião
Carango – automóvel
Certinha – mulher bonita
Chapa – amigo
Dar mancada – desrespeitar o compromisso
Duca – ótimo
Duvi-de-o-dó – duvidar de algo.
É de lascar – situação complicada
É fogo – é difícil
É uma brasa, mora! – é espevitada!, danada!
Esticada – passar por vários restaurantes e bares noturnos
Ficar de rolo – continuar o namoro, mas sem exigir fidelidade
Fossa – depressão, crise existencial
Gamar – namorar
Gata – mulher bonita
Grana – dinheiro
Legal! – ótimo!
Lelé da cuca – louco
Mancar – desrespeitar compromisso
Minissaia – saia curta
Morou? – entendeu?
Paca – muito
Pão – homem bonito
Papo firme – conversa séria
Papo furado – conversa boba
Patota – turma de amigos
Pé de chinelo – pessoa sem expressão
Pelego – líder sindical “puxa-saco”
Prafrentex – avançado, moderno
Pode vir quente que estou fervendo – excitado
Pra frente – moderno
Quadrado – conservador
Sebo nas canelas – apresse-se, vamos rápido
Sifu – deu-se mal
Tremendão – rapaz bonito
Ziriguidum – samba no pé, molejo de mulata
ANOS 70
Abafar – chamar a atenção
Aprontar – arranjar confusão, o mesmo que sacanear
Barra limpa – tudo certo, tudo bem
Barra pesada – pessoa ou situação perigosa ou difícil de lidar
Bicho – companheiro, amigo, o equivalente a “brother”
Bidu – pessoa esperta