Uma pessoa se suicida a cada 40 segundos no mundo. De 10 a 20 milhões tentam tirar a própria vida por ano. Os transtornos mentais estão entre as principais causas de suicídio. Veja a seguir algumas informações e números curiosos sobre o suicídio, ato visto como epidemia pela Organização Mundial da Saúde.

 

Cerca de 1 milhão de pessoas se suicidam por ano no mundo. Em média, ocorre um suicídio a cada 40 segundos.

 

O suicídio é a décima principal causa de morte no mundo e a terceira entre adolescentes e adultos de até 44 anos.

 

De 10 a 20 milhões de pessoas tentam tirar a própria vida por ano em todo o mundo.

 

O suicídio é um problema complexo e de causas variadas. As principais causas são os transtornos mentais – problemas como depressão, dependência química, esquizofrenia e traumas. Sozinha, a depressão responde por 30% dos casos.

 

Alguns cientistas estão convictos que pessoas com alteração no metabolismo da serotonina – um dos mensageiros químicos do cérebro – apresentam maior risco de suicídio que as demais. Suspeita-se que o problema tenha origem genética.

 

A região com o maior índice de suicídio do mundo é o Leste Europeu. Lituânia, Estônia, Letônia, Rússia e Hungria são alguns dos países mais atingidos.

 

Afinal, quais país possui a maior taxa de suicídios do planeta? É a China, seguida de Índia e Rússia.

 

Em comparação com outros países, as taxas de suicídio são muito baixas no Brasil – 4,6 por 100 mil habitantes. O maior problema é que o suicídio mata quase duas vezes mais brasileiros do que a tuberculose e as infecções decorrentes da AIDS.

 

As regiões brasileiras que apresentam os maiores índices de suicídio são o Sul e o Centro-Oeste. Grupos étnicos indígenas – como os Kaiowás, do Mato Grosso do Sul – são os mais afetados. Uma das principais causas de mortes auto-infringidas entre os índios é o alcoolismo.

 

A maior parte dos suicidas são do sexo masculino.

 

O suicídio é condenado por todas as religiões abraâmicas. Os cristãos católicos, por exemplo, consideram-no um pecado. No islã, tirar a própria vida é um sinal de descrença em Deus. Curiosamente, os islâmicos valorizam o martírio em nome da fé.

 

Conhecido como seppuku, o suicídio ritual era comum no Japão feudal. Era cometido pelos samurais, que cortavam o próprio ventre como maneira de escapar às humilhações infringidas pelos inimigos e de punir-se por não tê-los vencido. O seppuku é mais conhecido no Ocidente como hara-kiri (palavra que significa “cortar o ventre”).

 

Um dos maiores suicídios em massa da história ocorreu em Israel no ano 73 depois de Cristo, quando um grupo de rebeldes judeus preferiu matar a si próprio e a seus familiares a entregar-se ao exército romano na fortaleza de Massada.

 

Nos tempos modernos, tornou-se notório o suicídio em massa dos seguidores do pastor norte-americano Jim Jones em Jonestown, Guiana. Em 18 de novembro de 1978, 920 pessoas da seita Templo do Povo, fundada por Jones, se suicidaram por envenenamento. Os poucos que resistiram ao suicídio foram assassinados.

 

Na literatura, o suicídio mais conhecido é o do casal de amantes Romeu e Julieta, protagonistas da peça de mesmo nome de William Shakespeare. Outro suicídio famoso na obra de Shakespeare é o de Lady Macbeth. Mas…

 

O suicídio mais conhecido do mundo é, sem dúvida, o de Judas Iscariotes. Segundo relato no Novo Testamento bíblico, Judas teria se enforcado depois de se arrepender de ter traído Jesus.

 

Ninguém sabe ao certo o que ocorreu ao escritor ucraniano Isaac Babel. Enquanto alguns especulam que ele tenha sido assassinado por forças stalinistas, outros acreditam que tenha cometido suicídio. O fato é que o autor de Contos de Odessa e Contos Judaicos desapareceu e, ainda hoje, sua morte continua cercada de mistério.

 

Também existem duas versões para a morte de Montgomery Clift, ator de cinema nascido nos Estados Unidos. Uma delas diz que Clift faleceu devido a um ataque cardíaco; a outra, que ele se suicidou com uma overdose de drogas. O fato é que o ator, que atuou em filmes como Rio Vermelho e Perdidos na Tormenta, morreu no auge da carreira.

 

A morte de Tchaikovsky ocorreu em circunstâncias misteriosas. Acreditava-se que o compositor nascido na Rússia teria induzido a própria morte ao beber água contaminada da cidade de São Petersburgo, que na época passava por uma epidemia de cólera. Mas, recentemente, alguns pesquisadores reuniram evidências de que o compositor tenha se suicidado por envenenamento. Outra hipótese ainda mais recente afirma que é possível que Tchaikovsky tenha sido assassinado.

 

Embora muitos biógrafos discordem da verdadeira causa da morte da atriz (e mito!) Marilyn Monroe, acredita-se que ela tenha se suicidado ingerindo uma grande quantidade de álcool misturada com drogas. Antes de morrer, Marilyn passava por forte crise depressiva, o que reforça a tese de que a atriz tenha realmente dado fim à própria vida.

 

Jean-Michel Basquiat, artista plástico nascido nos Estados Unidos, botou um ponto final na própria vida com uma overdose de heroína

 

Considerado um dos maiores mitos do rock do final do século XX, Kurt Cobain matou-se em 1994, aos 27 anos. Viciado em drogas e sentindo o peso da fama, o líder da banda Nirvana acabou se suicidando com um tiro de espingarda na boca.

 

Jim Morrison, vocalista e líder do grupo de rock The Doors perdeu a vida numa banheira de um hotel de Paris depois de ingerir drogas misturadas com bebidas alcoólicas.

 

Filha de artista e mãe de artista, a cantora e atriz norte-americana Judy Garland se matou com um coquetel de drogas e álcool. Judy suicidou-se em 1969, aos 57 anos, após várias tentativas fracassadas de dar um fim à própria vida.

 

O escritor Jack London morreu em 1916, aos 40 anos, após tomar uma overdose de morfina em sua fazenda no estado da Califórnia, Estados Unidos. London foi um dos escritores norte-americanos mais lidos no exterior no início do século XX.

 

O ator, diretor de teatro e cineasta Rainer Werner Fassbinder foi outro que se matou com uma overdose de drogas.

 

O poeta e escritor de origem galesa Dylan Thomas morreu jovem, aos 39 anos. Dizem que Thomas se suicidou ingerindo uma grande quantidade de álcool.

 

O escritor austríaco Stefan Zweig suicidou-se com uma dose letal de veneno na casa em que morava, na cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro. A ascensão do totalitarismo nazista e os rumos que vinham tomando a Segunda Guerra Mundial fizeram com que, deprimido, Zweig e sua esposa, Lotta optassem por tirar suas próprias vidas.

 

O escritor português Camilo Castelo Branco, mais conhecido no Brasil pelo romance Amor de Perdição, deu fim à vida com um tiro na cabeça.

 

Foi na cidade do Rio de Janeiro, na rua, que o escritor Pedro Nava (autor de Baú de Ossos, O círio perfeito e outras obras), matou-se com um tiro de revólver na cabeça.

 

O escritor norte-americano Ernest Hemingway, famoso por livros como Adeus às Armas, Por Quem os Sinos Dobram e o Sol também se Levanta, suicidou-se em sua propriedade, no Estado norte-americano de Idaho, com um tiro certeiro de espingarda na cabeça. Com problemas de depressão, ele já tentara acabar com a própria vida outras cinco vezes.

 

Outros suicídas ilustres: Adolf Hitler (ditador austríaco), Vincent Van Gogh (pintor holandês), Raul Pompéia (escritor brasileiro), Yukio Mishima (escritor japonês – matou-se cometende hara-kiri), Antero de Quental (poeta português), Vladimir Maiakovski (poeta russo), Guy de Maupassant (poeta e escritor francês), Virginia Woolf (escritora britânica), Nikolai Gogol (escritor ucraniano), Mário de Sá-Carneiro (escritor e poeta português) e Cláudio Manoel da Costa (poeta brasileiro), entre outros.

 

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