Se você estiver numa nave espacial e resolver pousar em Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, poderá morrer em virtude das altas temperaturas, que podem chegar a 430º Celsius. As coisas também não serão fáceis se por acaso pousar em Vênus. Saiba nas próximas linhas porque o universo é um lugar tão perigoso.
Se resolvesse pousar em Vênus, teria que enfrentar temperaturas que podem beirar incríveis 500º Celsius. Você não apenas morreria em virtude do calor surreal, como morreria devido ao ar tóxico. Vênus é coberto por gases de efeito estufa, além de que possui gotículas de ácido sulfúrico na atmosfera.
Caso a sua opção de pouso seja Marte, você enfrentaria tempestades de areia violentas e capazes de cobrir o planeta inteiro. Os ventos dessas tempestades podem superar os 300 quilômetros por hora.
Você nem ao menos ousaria pousar em Júpiter ou Saturno, uma vez que esses planetas simplesmente não possuem chão. Outro problema são as tempestades, que em Júpiter geram ventos em torno de 600 quilômetros por hora. Só para se ter uma ideia do tamanho dessas tempestades, a Grande Mancha de Júpiter – uma tempestade que já dura 400 anos – é três vezes maior do que a Terra.
As tempestades de Saturno abortam qualquer intenção de pouso. Elas são tão colossais que podem chegar a 2.000 quilômetros por hora. Trata-se da mesma velocidade dos ventos de Netuno, que possui uma mancha gigante escura maior do que a Terra (e se você pensou que é uma tempestade, adivinhou).
Plutão também estaria totalmente fora de questão, e por uma razão bastante óbvia: por estar distante do Sol, é um planeta-anão super gelado. Em virtude das temperaturas em torno de -230º Celsius, você congelaria instantaneamente.
Você também congelaria de imediato em Tritão, uma das luas de Netuno. Considerada o lugar mais frio do sistema solar, ela possui temperaturas surreais, que podem atingir -240º Celsius (isso mesmo 240 graus negativos!).
Mas nem mesmo na Terra você estaria seguro. A explosão de um magnetar – uma estrela de nêutrons com campo magnético fortíssimo – a apenas 10 anos-luz do planeta destruiria toda a camada de ozônio, além de que causaria extinções em massa. Detalhe: uma explosão dessas é capaz de emitir um brilho maior do que o de uma galáxia.
Existe ainda a possibilidade de colisão de um cometa ou asteroide de grandes proporções com a Terra. Os astrônomos já identificaram em torno de 10 mil asteroides potencialmente perigosos, ou seja com grande chance de cair em nosso planeta. A queda de um corpo desse tipo (ou talvez o fragmento de um cometa, o que é mais provável) na região de Tunguska, Sibéria, em 1908, gerou uma onda de choque mil vezes maior do que a bomba de Hiroshima.
O choque de um asteroide com a Terra há 65 milhões de anos onde hoje é o Golfo do México gerou uma cratera de 180 quilômetros de diâmetro, além de que liberou uma energia equivalente a 1 bilhão de bombas atômicas. A carne dos animais que estavam próximos evaporou-se instantaneamente. Ocorreram tsunamis, chuva de detritos e incêndios de proporções gigantescas. Foi esse cataclismo que, como todos sabem, provocou a extinção dos dinossauros. Um detalhe: é cada vez maior o número de cientistas que acreditam ter sido um cometa o responsável pelo evento.
Uma das explosões cósmicas mais violentas já registradas foi a de um magnetar. Mas esse tipo de corpo celeste não é o único fenômeno a deixar os cientistas perplexos. O mais voraz e perigoso fenômeno é o buraco negro, que atrai e destrói tudo o que cruza o seu caminho. Buracos negros são capazes de engolir estrelas, que são esticadas e sugadas como a água que desce por um ralo. Uma nave espacial seria reduzida a pó num piscar de olhos.
Outra explosão cósmica ultra violenta é o choque de duas estrelas de nêutrons. Além de emitir um brilho milhões de vezes maior do que o Sol, elas provocam ondas gravitacionais fortíssimas. Destruiriam qualquer coisa que passasse por perto, além de que distorceriam o próprio espaço-tempo. Um evento desse tipo foi detectado através de telescópios e ondas gravitacionais em 2017, tornando-se um dos eventos astronômicos mais comentados do ano.
Imagem acima: buraco negro “sugando” uma estrela.
Fontes: Wikipédia, Galileu, History Channel, G1.