O escritor norte-americano Ernest Hemingway nasceu em 1899 e faleceu em 1961, poucos dias antes de completar 62 anos de idade. Deixou uma obra extensa que inclui romances bastante famosos. Mas nada chama mais a atenção do que sua própria vida, que envolveu participação em conflitos armados, caçadas e problemas com o álcool. Veja nas próprias linhas algumas curiosidades e fatos surpreendentes sobre esse escritor.

 

Aos 60 anos de idade, Hemingway apresentava problemas como diabetes, hipertensão, dificuldade de memória e depressão. Abalado, ele se suicidou em sua propriedade em Ketchum, estado de Idaho, com um tiro de espingarda.

 

A ideia de suicídio é presença constante na obra do escritor. Temos que lembrar que seu pai havia se matado em 1929 em virtude de problemas financeiros e alcoolismo. Um detalhe: décadas depois de sua morte, foi a vez de Margaux Hemingway, neta do escritor, se suicidar com uma overdose de barbitúricos.

 

Durante a Primeira Guerra Mundial, Hemingway trabalhou como motorista de ambulância na Europa. Ele tinha se alistado com vistas a lutar pelo exército dos Estados Unidos, mas foi preterido devido a um problema de visão.

 

Sabe-se que os nazistas perseguiram milhares de opositores na época da Segunda Guerra Mundial. Sabe-se também que eles queimaram milhares de livros de autores anarquistas, liberais, socialistas e comunistas. O que poucas pessoas sabem, no entanto, é que entre esses escritores “subversivos” estava Ernest Hemingway.

 

Durante um bom tempo, fez parte do grupo de intelectuais radicados em Paris que se tornaria conhecido como “geração perdida” (o nome foi dado por Gertrude Stein). Faziam parte do grupo personalidades como T. S. Eliot, John dos Passos, Ezra Pound, James Joyce, F. Scott Fitzgerald e Gertrude Stein.

 

A temporada de Hemingway na capital francesa dos anos 1920 é retratada no livro póstumo Paris é uma Festa. Lançado por sua viúva três anos após a sua morte, ele conta como foram os encontros do escritor com Pablo Picasso, James Joyce, Gertrude Stein e outros gênios da cultura daquela época.

 

Tirando um ou outro, muitos desses intelectuais estão entre os diversos personagens de Meia-noite em Paris, filme de Woody Allen com Owen Wilson no papel do protagonista que visita a Paris dos anos dourados e se encontra com eles.

 

Entre os fatos mais inusitados de sua vida, um em especial chama a atenção dos biógrafos: o escritor sobreviveu a duas quedas de avião na África. O primeiro acidente ocorreu quando ele sobrevoava o antigo Congo belga (atual República Democrática do Congo) e machucou a cabeça. Já o segundo, aconteceu quando foi procurar ajuda e o avião explodiu. Hemingway teria quebrado duas vértebras, sofrido rupturas nos rins e no fígado e ainda fraturado o crânio. Conta-se que os problema de saúde decorrentes desses acidentes teria agravado o alcoolismo do escritor. Por outro lado…

 

Sabe-se que Hemingway tinha fama de loroteiro. Ele sempre cultivou a mania de acrescentar detalhes inusitados e narrar fatos extraordinários sobre suas aventuras na Europa, África e outras partes do mundo.

 

Entre as inúmeras lendas envolvendo o escritor está uma que diz que ele teria morado com um urso, em Montana, Estados Unidos. Conta essa anedota que eles não só moravam juntos, como dormiam juntos e ficavam bêbados juntos.

 

Outra história afirma que Hemingway teria recebido um convite da KGB, a polícia secreta soviética, para ser operador nos Estados Unidos durante o regime de Josef Stálin. O escritor aceitou o convite sem titubear, mas nunca enviou nada de útil para os soviéticos. Até hoje não se sabe se ele era mal espião ou simplesmente encarou tudo como uma brincadeira.

 

Entre as inúmeras histórias contadas no livro Paris é uma Festa, vale lembrar de uma envolvendo o escritor F. Scott Fitzgerald. Segundo ela, o autor de O Grande Gatsby teria comentado que sua esposa achava seu pênis pequeno. Fitzgerald chegou a mostrar o órgão para Hemingway só para se assegurar de que aquilo era apenas coisa da cabeça de Zelda, ao qual Hemingway respondeu: “Não tem nada de errado, está tudo bem com você”.

 

Consta que uma vez alguém perguntou a Hemingway se ele costumava reescrever seus textos e ele respondeu que chegou a reescrever 39 vezes o final de Adeus às Armas.

 

Entre os livros mais conhecidos de Ernest Hemingway, vale lembra de O Sol Também se Levanta, Adeus às Armas, O Velho e o Mar, Paris é uma Festa e Por Quem os Sinos Dobram.

 

Psicólogos da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, divulgaram uma pesquisa em que confirmam a existência de mais de um tipo de bêbado. A um desses grupos eles deram um nome bem peculiar: Hemingway. Nesse caso, seria o bêbado que toma uma garrafa de uísque numa boa, como se nada estivesse acontecendo.

 

O livro Por Quem os Sinos Dobram, cuja narrativa passa-se durante a Guerra Civil Espanhola, inspirou ninguém menos que o grupo de rock pesado Metallica a escrever uma música de mesmo nome.

 

Acredite se quiser, mas existe nos Estados Unidos um grupo de homens de barba branca denominado Sociedade de Sócias de Ernest Hemingway. Entre as atividades dos grupos está um concurso anual para eleger a imitação mais convincente do escritor. Ele ocorre sempre no mês de julho, em Key West, Flórida.

 

Ernest Hemingway foi a grande inspiração de um astrônomo soviético para, em 1978, batizar um asteroide que orbita o sol: o 3656 Hemingway.

 

Fontes: Wikipédia, Galileu, Huffpost Brasil

 

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