Descubra nas linhas a seguir um rol de curiosidades sobre os alimentos, entre os quais o leite, a batata, o milho e o trigo. Você sabia, por exemplo, que o leite mais consumido do mundo não é o de vaca? Sabia também que o milho era desconhecido do restante do mundo até a descoberta da América, em 1492?
O leite de búfala é mais branco e nutritivo do que o de vaca. A verdadeira muzarela italiana é feita com esse tipo de leite.
O tipo de leite mais consumido no mundo não é o de vaca e, sim, o de cabra.
No Egito antigo, o pão e a cerveja serviam para pagar salários. Um dia de trabalho valia três pães e dois vasos grandes de cerveja.
O pão francês não é nem um pouco popular na França. O pão preferido dos franceses é a baguete. Aliás, o nosso pãozinho francês ´é chamado por lá de pistolle (pistola).
Existem inúmeras versões para a origem do hambúrguer, mas acredita-se que ele tenha sido levado para os Estados Unidos (onde se popularizou) por imigrantes alemães que viviam próximo da cidade de Hamburgo.
Se todos os cachorros quentes consumidos pelos americanos em um ano fossem enfileirados, poderia ser feita uma “ponte” que daria duas vezes a distância da Terra até a Lua.
Em algumas cidades do Brasil, hot dog e cachorro quente são sanduíches diferentes. Se pedir um hot dog, você receberá um pão com salsicha, mostarda e catchup. Mas, se a pedida for cachorro quente, receberá um pão francês com carne moída.
O maior pedido de pizza do mundo ocorreu em San Diego, Estados Unidos, em 2006. Um cliente (na verdade, uma empresa que queria fazer uma comemoração com os funcionários) encomendou sozinho 13.500 pizzas. Para atender o mega-pedido a pizzaria Papa John’s precisou produzir 56 pizzas por minuto e utilizar o forno de 15 pizzarias próximas.
O recorde de distância da entrega de uma entrega de pizza foi feito pela pizzaria Domino’s de Londres. O local da entrega? Melbourne, na Austrália (ou seja, do outro lado do mundo). Para chegar a seu destino, a pizza percorreu cerca de 16.950 quilômetros.
O bolo de aniversário tem origem no culto da deusa Ártemis. Os antigos gregos reverenciavam a deusa oferecendo bolos no templo de Éfeso, antiga colônia grega onde hoje é a Turquia. Mas se engana quem pensa que o bolo continha recheio de goiabada e cobertura de glacê. Ele era, na verdade, uma espécie de preparado de pão e mel no formato de meia lua.
A tradição do ovo de chocolate só foi possível graças ao descobrimento da América, quando os europeus conheceram o chocolate. Quem teve a idéia de produzir ovos de chocolate foram confeiteiros franceses do século XVIII.
A palavra macarrão (macaronis) veio do verbo maccari, de um antigo dialeto da Sicília, e significa “achatar”. Detalhe: maccari vem do grego makar, que quer dizer “sagrado”.
A origem do espaguete é mais antiga do que se imagina. Ele teria surgido na China há cerca de quatro mil anos e chegado à Europa através dos árabes.
O maior consumidor mundial de macarrão instantâneo é a China, que consome 44,2 bilhões de porções por ano.
Acredite se quiser, o segundo maior consumidor de macarrão instantâneo não é o Japão, mas a Indonésia. O Japão é o terceiro colocado. Os brasileiros ficam com o 10º lugar.
Você sabia que existe um museu dedicado ao Cup Noodles no Japão?
Todos sabem que o consumo de bacalhau é maior na Páscoa. Mas quem trouxe esse costume para o Brasil? Foram os portugueses, que seguiam as regras da Igreja Católica de não comer carnes “quentes” (as carnes vermelhas) durante os dias santificados como a Sexta-feira Santa.
O Brasil consome 30% do bacalhau pescado na Noruega. Em quilos, isso dá 18 mil toneladas por ano.
Existem mais de 400 espécies de oliveira, mas a única que produz os frutos e os óleos que consumimos é da espécie Olea Europaea.
Uma oliveira é capaz de viver mais de mil anos.
Você sabia que para extrair um litro de azeite são necessários de 5 a 6 quilos de azeitona?
Frutos? É isso mesmo que você leu na curiosidade acima: a azeitona é uma fruta, ou drupa (um tipo de fruto carnoso e com um caroço no centro).
Você sabia que o arroz e trigo são plantas da família das gramíneas (capins, gramas)?
O arroz é o terceiro alimento mais cultivado do mundo, atrás apenas do trigo e do milho.
Existem mais de 140 mil variedades de arroz. O preferido dos brasileiros é o arroz do tipo agulhinha, que é muito solto. Os japoneses, por sua vez, preferem o gohan, um arroz mais pastoso e grudento.
A batata originou-se no Peru e era desconhecida dos europeus até o descobrimento da América.
Existem mais de 200 variedades de batatas na América andina. No mundo todo, são cerca de 3 mil tipos. Ela é cultivada há mais de 7 mil anos.
Existem mais de 400 tipos de batata-doce. Mas veja só: a batata-doce pertence à família Convulvolaceae, enquanto as batatas são da família Solanaceae, o que significa que… a batata-doce não é uma batata!
O hábito de jogar arroz nos noivos foi importado da China. Conta-se que um poderoso mandarim fez com que o casamento de sua filha se realizasse sob uma chuva de arroz, considerado símbolo de fartura pelos chineses. A tradição se arraigou e, com o tempo, acabou se espalhando pelo mundo.
Alguns especialistas contaram cerca de 12 mil variedades de trigo, mas outros vão além. Segundo eles, existem 30 mil variedades.
Cerca de 50% do trigo consumido no Brasil é usado na fabricação de pães.
Você sabia que existe um tipo de cerveja produzida com o malte do trigo? Chamada de weissbier, ele chegou a ser produzida no Brasil com a marca Bohemia.
O joio é uma planta da família da mesma família Poaceae e é também chamado de “falso trigo”. Se for colhido e processado junto do trigo, pode comprometer a qualidade do produto. É por isso que se deve “separar o joio do trigo”.
Milho é uma palavra de origem indígena caribenha cujo significado é “sustento da vida”.
O cabelo ou barba do milho serve para transportar os grãos de pólen que fecundarão os óvulos da espiga. Em resumo: o milho usa o cabelo para se reproduzir.
Você sabia que a Maizena foi criada em 1840 e chegou ao Brasil em 1874? E que a caixinha amarela não mudou quase nada nos mais de 100 anos de história do produto?
Existem mais de 3 mil produtos feitos de milho. Anote aí: salgadinhos, óleo, margarina, cereais em flocos, sorvete, suco, farinha, uísque…
Uísque de milho? Sim, o uísque do tipo Bourbon contém de 50 a 80% de milho. A maior parte das destilarias de uísque Bourbon estão no estado norte-americano de Kentucky.
A soja é, além do milho, um dos grãos mais “versáteis” que existem. Ela pode ser consumida na forma de leite, leite condensado, margarina, saladas, óleos, queijos, farinhas, molhos, pães, carnes… 70% dos alimentos processados contém soja.
O óleo de soja é o mais utilizado pela população mundial no preparo de alimentos.
Você sabia que a carne de soja foi criada pelos seguidores norte-americanos da Igreja Adventista do Sétimo Dia?
O feijão mais popular do Brasil (e que mais acompanha o arroz nas refeições) é o carioquinha. O curioso é que ele está longe de ser o mais querido do Rio de Janeiro. Os cariocas gostam mesmo é de feijão preto.
Feijão-verde, feijão-de-corda e fradinho são praticamente o mesmo tipo de feijão. O nome varia de acordo com o “estágio” do feijão durante a colheita. O feijão-verde, por exemplo, é obtido quando ele ainda não atingiu o seu completo desenvolvimento. O fradinho é o feijão já totalmente desenvolvido.
Os japoneses fazem doces de uma variedade de feijão chamada azuki. Por falar nisso…
Você sabia que também existe no Japão um refrigerante produzido a partir do azuki?
De origem italiana, a ricota não é propriamente um queijo, mas uma espécie de derivado do queijo produzido a partir do soro do leite de vaca. Para obter a ricota, basta ferver o soro para que a parte sólida venha à superfície.
O catupiry (que, na verdade, é um queijo cremoso bastante parecido com um requeijão) é uma criação brasileira. Ele foi criado por Mário e Isaíra Silvestrini, um casal de imigrantes italianos, em 1911, em Lambari, Minas Gerais. A palavra catupiry tem origem tupi-guarani e significa “excelente”.
O queijo-do-reino, ou queijo reino, começou a ser produzido no Brasil para atender a demanda dos nobres portugueses instalados no país. Foi o primeiro queijo curado industrializado do Brasil. Recebe o nome de queijo-do-reino por ser fabricado para esses nobres. É semelhante ao queijo holandês edam. O consumo é maior durante o Natal.
Assim como o reino, o minas e o catupiry, o queijo prato é originário do Brasil. É muito parecido com o queijo dinamarquês fynbo. O queijo prato surgiu em 1920, da tentativa de colonos dinamarqueses de produzir o fynbo no Brasil. Como tinha um formato cilíndrico baixo, ele recebeu o nome de prato.
Típico do Nordeste, o coalho é feito por meio da adição de coalho ou outras enzimas coagulantes ao leite. É muito vendido em espetinhos na praia. Também é consumido frito na manteiga.
Parte dos mexicanos come gafonhotos cozidos. Eles são comidos com sal, limão e pimenta, ou na tortilla. Aliás, essa espécie “apetitosa” de gafanhoto ‘e chamada por lá de chapolim (já ouvi esse nome em algum lugar).
A formiga aparece no cardápio rural de certas áreas do Sudeste do Brasil. A variedade preferida é a içá ou saúva – uma formiga que, dizem, tem um gosto parecido com o do amendoim. Além de consumida em farofas, ela também pode ser torrada com tempero ou congelada para comer durante o ano. O escritor Monteiro Lobato era fã de içá.
Originário da África, a marula é também chamada de fruta do elefante. Com gosto semelhante ao do caramelo, a marula é exportada para o mundo todo na forma de licor.
Quanto ao abacate, ele é originário do continente americano. Os astecas já cultivavam a fruta antes do descobrimento da América. Por sinal, o nome abacate veio de ahuacatl (o qual significa testículo – analogia com a sua forma). Existem mais de 500 variedades de abacate.
O caju não é um fruto, mas um pseudofruto. O fruto propriamente dito do cajueiro é a castanha.
A groselha é uma frutinha natural da Europa, também chamada de cassis. Dela, são produzidos xaropes, licores e um creme muito usado em sobremesas.
O marmelo é consumido no Brasil na forma industrializada – a chamada marmelada. A maior parte desse marmelo é importando da Argentina e do Uruguai. Em alguns países, a fruta é consumida assada.
Você sabia que o tomate é uma fruta? Pois é, pouca gente sabe, mas a verdade é que, além de ser fruto, o tomate é nativo da América. Ele era desconhecido dos europeus antes da chegada de Colombo . Outros alimentos desconhecidos no velho continente antes de 1492: a batata, o chocolate, o abacate, o abacaxi, o pimentão, a abóbora, o milho…
Chamado na Áustria de maçã-do-paraíso e na Itália de maçã-do-amor, o tomate foi, durante muito tempo, usado como ingrediente do elixir do amor.
Se alguém come cenoura demais sua pele fica mais escura por que o caroteno mexe com a pigmentação. Para a pele voltar ao normal, é só parar de comer cenoura.
O repolho era o alimento básico dos operários contratados para construir a muralha da China.
O agrião se expandiu de tal forma na Nova Zelândia que é considerado praga nacional.
Os jardins suspensos da Babilônia continham berinjelas, cebolas, pepinos e árvores frutíferas.
O quiabo é um hibisco originário da África e veio para o Brasil com os escravos. Pouca gente sabe, mas ele é da mesma família do algodão.
A couve é um excelente remédio. Ela é utilizada no combate a bronquite, asma, reumatismo e artrite. Também é excelente laxante e remédio para o físico. Seu suco é recomendado para crianças em fase de crescimento e para doenças da pele. Alivia a tensão pré-mestrual e as dores causadas pelos cálculos renais. Não é à toa, portanto, que é chamada de “médico dos pobres”.
A batata foi durante muito tempo desprezada pelos europeus. Elas foram levadas para a Europa pelos colonizadores espanhóis. Os europeus só passaram a consumi-la quando o francês Augustin Parmentier descobriu, em 1769, seus valores nutritivos.
Os chineses do século XVI (época da dinastia Ching) usavam chá de pimenta em cirurgias de remoção do órgão genital masculino. Após fazer um torniquete para adormecer o local e reduzir a hemorragia, os cirurgiões davam uma xícara de ópio para o futuro eunuco e, em seguida, banhavam a genitália com o chá de pimenta. O formigamente e a ardência ajudavam a diminuir a dor durante a extração do órgão.
Como eliminar o ardor da pimenta? Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que ele não irá desaparecer num passe de mágica e que água não vai ajudar muito. As substâncias ideais para afastar o ardor seriam a gordura (como a do leite integral), o ácido (como o do limão) e o açúcar. Importante: elas tem que ser frias. Portanto, coma algo gelado, gorduroso e doce como uma sobremesa láctea (pudim de leite, sorvete, iogurte com frutas…) que o ardor passará. Ou pelo menos diminuirá.
Você sabia que o chocolate é feito da semente, não do fruto do cacaueiro?
A palavra chocolate vem de xocoatl (do asteca xococ “amargo” + atl “água”). Os maias e os astecas consumiam o chocolate na forma de uma bebida misturada a água e pimenta. Entre os astecas, a bebida só podia ser consumida pelos imperadores.
Você sabia que cães não podem comer chocolate? Pois é, o chocolate possuiu uma substância chamada teobromina, que provoca crises alérgicas, aumento da pressão arterial, arritmia, taquicardia e até convulsões no Totó. Por isso, pense duas vezes antes de oferecer aquele tequinho de ovo de Páscoa a ele.
Além de ser altamente energético, o chocolate contém uma substância, chamada feniletinamina, que é capaz de diminuir o cansaço e aumentar o desejo sexual. Ele, é, portanto, um ótimo afrodisíaco. Só há dois problemas: o efeito só é possível com chocolate líquido e excesso de feniletinamina pode provocar dor de cabeça.
A primeira sorveteria do mundo surgiu em Paris em 1660. A primeira do Brasil apareceu em 1835, no Rio de Janeiro.
Quem abriu a primeira sorveteria parisiense foi um italiano chamado Procopio Coltelli. Detalhe interessante: Coltelli foi o inventor da máquina de sorvete. Detalhe ainda mais interessante: o estabelecimento funciona até hoje na capital francesa.
Uma dúvida: se a geladeira foi inventada recentemente, como o gelo usado no sorvete era conservado? Com barras de gelo misturadas com serragem e guardadas em túneis subterrâneos. O gelo se conservava por até cinco meses.
Fundada pelo imigrante português Manuel da Silva Oliveira, a sorveteria venezuelana Heladeria Coromoto entrou para o Guiness – Livro dos Recordes como a que serve a maior variedade de sorvetes do mundo. São mais de 800 sabores, entre eles os comuns como chocolate, baunilha e morango; e os incomuns como o sorvete de macarrão com queijo.
Você sabia que a baunilha é extraída de uma orquídea do gênero vanila? E que é por isso que ela é conhecida apenas como vanila em alguns países?
Uma das flores mais populares na Idade Média era a calêndula. Cultivada em hortas, ela era usada como corantes de caldos, manteiga, queijo e bolos.
Por falar em flores comestíveis, confira algumas espécies que caem bem no prato (e no estômago): amores-perfeitos, begônias, rosas, jasmins, lavandas, petúnias, cravos e dentes de leão.
Por falar em flores comestíveis, evite as perigosas azaleias, espirradeiras, narcisos e lírios do vale, entre outras. Para não ter problemas, procure informações sobre flores venenosas em livros de receita ou internet.
Em relação às rosas, elas são usadas em sorvetes, geleias, licores e doces. Servem também de aromatizante em saladas em vinhos.
A flor comestível mais consumida em todo o mundo é a da alcachofra.